Laboratório P&B
Montar um laboratório caseiro não é difícil, mas alguns procediementos de segurança devem ser observados. Os químicos, principalmente o fixador, exalam vapores tóxicos o que demanda uma troca de ar constante no ambiente de trabalho, com a colocação de exaustores ou aberturas freqüentes de portas e/ou janelas do cômodo. É fundamental evitar que produtos químicos tenham contato com os olhos. Mãos e roupas podem ser protegidos por aventais, luvas e pegadores de bambu ou metal.
Uma das regras de ouro de qualquer laboratório é separar a parte seca (ampliadores e guilhotina para cortar papéis) da parte molhada (bandejas com químicos e lavagem). O local deve ser completamente abrigado da luz e iluminado apenas por luzes de segurança vermelhas que não sensibilizam o papel fotográfico.
Construindo lanternas de segurança
Use uma lata, por exemplo de panetone, e faça um furo na parte traseira passando um fio com tomada e interrruptor. No interior, ligue o fio ao soquete de lâmpada e nela rosqueie uma lâmpada incadescente de no máximo 40w, preferencialmente na cor vermelha. Na parte aberta da lata, prenda um celofane vermelho dobrado quatro vezes (oito camadas) para filtrar a luz e não expor o papel fotográfico. Lâmpadas 220v utilizadas em corrente 110v ficam mais fracas e são boa opção quando as condições do laboratório exigem que fiquem próximas a área de revelação e manipulação do papel fotográfico e a uma distância segura do celofane para não derrete-lo.
Positivando negativos
Uma caixa de papelão reforçada, revestida de branco por dentro e medindo 70 cm de altura por 30x30cm de base, pode ser usado com fonte de luz para a positivação dos negativos por contato em papel fotográfico. Uma lâmpada incandescente leitosa presa no topo da caixa pode ser ligada a um fio com interruptor, que faz a função de controlar o tempo de exposição.
Para positivar uma imagem, coloque a foto exposta (negativa) sobre um papel fotográfico virgem e pressione com um vidro. Faça testes para acertar o tempo exato em que o ampliador deve ficar ligado. Após a exposição, proceda a revelação química tradicional da imagem, agora positiva.
Processamento do papel fotográfico preto&branco
Para revelar o papel precisamos de quatro bandejas dispostas em linha. Na primeira, mergulhe a folha de papel fotográfico no químico revelador, agitando levemente a bandeja por 90 segundos e vendo a imagem surgir. Apanhe a foto com uma pinça e deixe escorrer, passando à bandeja seguinte (interruptor) onde a imagem deve permanecer por 45 segundos. Finalmente segure novamente o papel com a pinça, deixe escorrer e leve ao banho fixador por 120 segundos (papeis resinados). Para eliminar os químicos, lave as fotos em água corrente por 180 segundos, deixando secar à sombra.
Muito importante: não misture as pinças nem os químicos, pois isso poderá inutilizá-los ou diminuir a sua vida útil.
Laboratório básico
Sugestão de materiais: quatro bandejas plásticas e quatro pinças de bambu com ponteiras plásticas; um envelope de papel fotográfico Ilford ou Kentmere RC (brilhante/fosco/pérola), no tamanho 18x24 ou 20x25cm; os três químicos básicos: o revelador e o fixador feitos industrialmente pelas marcas Kodak/Ilford e o interruptor que pode ser preparado diluindo 20 gramas de ácido cítrico em um litro de água (o ácido acético líquido também funciona, mas é mais agressivo e tem cheiro forte). Um relógio para marcar o tempo, barbante para fazer um varal e pregadores para secar as fotos.
Onde comprar
Químicos e materiais fotográficos podem ser adquiridos na rua Conselheiro Crispiniano, rua Sete de Abril e arredores, no centro de São Paulo (Metrô Anhangabau).
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